quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Câncer de Cabeça e Pescoço

O que é câncer da Cabeça e do Pescoço?
As células de nosso organismo normalmente se dividem de maneira ordenada. Uma das maneiras admitidas para formação do câncer é quando as células se dividem demasiadamente formando massas conhecidas como tumores.
Existem vários tipos de câncer da cabeça e Pescoço. Eles podem ocorrer na boca, na garganta, na laringe (órgão da voz), na Tireóide, nas fossas nasais e também na pele da região da Cabeça e do Pescoço.
Há muitos sintomas de câncer que podem ser observados. Estes sintomas nem sempre significam câncer, porém indica a necessidade de se consultar um médico sempre que estes sintomas forem observados:
§  Dor, caroço, inchaço ou ferida na boca que não melhora em até 15 dias.
§  Inchaço ou caroço no Pescoço que dure mais de duas semanas.
§  Mudança na voz ou rouquidão recente e persistente.
§  Dor de garganta repetitiva.
§  Dificuldade para engolir.
§  Dor de ouvido constante.
§  Alterações na pele tais como: ferida ou ulceração.
§  Mudança na cor ou sangramento de uma verruga.
§  Sangramento nasal freqüente ou obstrução nasal contínua.
§  Escarro sanguinolento.

Qualquer pessoa pode desenvolver câncer de cabeça e Pescoço, porém pessoas que fumam ou que bebem têm um maior risco para estes tipos de câncer, sendo ainda mais perigoso se fumar em excesso, ou seja, mais de dez cigarros por dia,. Pessoas com exposição prolongada aos raios de sol também apresentam um alto risco de desenvolver câncer de pele sendo que muitos ocorrem na área da cabeça e Pescoço.

O câncer da glândula Tireóide não depende de fatores de risco.
O câncer da cabeça e Pescoço pode ser curado, especialmente se diagnosticado e tratado no começo, antes que a doença tenha chance de se espalhar. Por isso é importante procurar um médico assim que você notar algum dos sintomas. O reconhecimento destes sinais e atuação rápida pode salvar a vida.
Como o médico me examinará procurando sinais de câncer?
Um exame clínico demora menos de 10 minutos, não é doloroso e nem desconfortável. O médico olhará seu nariz, boca, e garganta, assim como a pele da região da cabeça e Pescoço. Poderá usar um abaixador de língua e um pequeno espelho para visualizar as áreas menos acessíveis. Ele também irá palpar seu Pescoço à procura de nódulos, inchaço ou outras anormalidades.

Neste exame o médico geralmente não faz o diagnóstico definitivo, sendo na maioria das vezes necessário exames complementares para decisão sobre o seu diagnóstico e tratamento.

O tratamento para o câncer varia com o tipo e gravidade da doença. Estes tumores podem ser tratados com cirurgia, radioterapia, ou quimioterapia, ou combinação destas técnicas. Recentemente novas técnicas cirúrgicas têm sido desenvolvidas, permitindo ao paciente viver mais tempo e em melhores condições. A cura é possível mesmo que o câncer não tenha sido encontrado no início.

Se você tem alto risco de desenvolver câncer de cabeça e Pescoço (se você fuma ou bebe), procure por seu médico tão logo note qualquer dos sinais de doença. Se você não é do grupo de risco e não tem sintomas, procure o médico de sua confiança uma vez ao ano.

O melhor tratamento para o câncer da cabeça e Pescoço é a prevenção. Cerca de 80% dos casos de câncer da cabeça e Pescoço são causados pelo fumo, álcool e luz solar excessiva.

§  Evite fumar
§  Evite o consumo de álcool
§  Evite exposição prolongada ao sol
§  Prefira alimentos pobres em gordura e ricos em fibras (verduras e legumes)
§  Crie o hábito de examinar sua boca no espelho
§  Procure seu médico em caso de dúvida
Estes cuidados poderão reduzir suas chances de desenvolver câncer da cabeça e Pescoço assim como muitos outros tipos de câncer!
 
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domingo, 26 de setembro de 2010

Esclerose Lateral Amiotrófica

O que significa ELA?
ELA é a abreviatura de Esclerose Lateral Amiotrófica, uma doença cujo significado vem contido no próprio nome:

Esclerose significa endurecimento e cicatrização.
Lateral refere-se ao endurecimento da porção lateral da medula espinhal.
E amiotrófica é a fraqueza que resulta na atrofia do músculo. Ou seja, o volume real do tecido muscular diminui.
Dessa forma, Esclerose Lateral Amiotrófica significa fraqueza muscular secundária por comprometimento dos neurônios motores.

Qual a característica principal da esclerose lateral amiotrófica?
A degeneração progressiva dos neurônios motores no cérebro (neurônios motores superiores) e na medula espinhal (neurônios motores inferiores), ou seja, estes neurônios perdem sua capacidade de funcionar adequadamente (transmitir os impulsos nervosos).

O que são neurônios motores?
Primeiro, é importante saber que neurônio é uma célula nervosa especializada, diferente das outras células do corpo humano porque apresenta extensões q ue realizam funções especiais. No caso dos neurônios motores, eles são responsáveis pelos movimentos de contração e relaxamento muscular.

O que essa degeneração provoca?
Quando os neurônios motores não podem mais enviar impulsos para os músculos, começa a ocorrer uma atrofia muscular, seguida de fraqueza muscular crescente. No caso da ELA, compromete o 1º neurônio superior e o 2º neurônio inferior.

Quais são as partes do corpo que a doença não afeta?
O raciocínio intelectual, a visão, a audição, o paladar, o olfato e o tato. Na maioria dos casos, a esclerose lateral amiotrófica não afeta as funções sexual, intestinal e vesical.

Quem tem mais probabilidade de desenvolver ELA?
Segundo pesquisas, a ELA se desenvolve mais em homens do que em mulheres, mais em brancos do que em negros, e geralmente está associada à faixa etária acima de 60 anos.

Como o paciente com ELA costuma reagir em relação ao seu dia-a-dia?
Geralmente, os pacientes com ELA se cercam de pessoas ligadas à vida, são pessoas especiais e apaixonantes, buscam esclarecimento e novas possibilidades de tratamento para a doença, e principalmente lutam constantemente pela dignidade de vida.

Causas e Sintomas ELA

O que causa a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA)?
Até o momento, não se conhece a causa específica desta doença. Existe sim, a possibilidade de causas multifatoriais onde estariam envolvidos um componente genético, a idade e algumas substâncias do meio ambiente. Mas, a princípio, não se conhece nenhum fator que predisponha à ELA, nem como é possível prevenir o desenvolvimento da doença.

O que as pesquisas vêm detectando?
Os últimos experimentos realizados com camundongos, alguns deles com quadro clínico semelhante ao de ELA nos humanos, têm permitido entender melhor o porquê da lesão da célula nervosa. Parece que a falta de uma proteína denominada parvalbumina é a chave essencial para este processo de morte celular.

Quais são os pontos necessários para o estudo clínico da doença?
No caso de ELA, o diagnóstico precoce e o tratamento.

Existe algum tipo de diagnóstico precoce que oriente os médicos quando do ínicio da doença?
Não. Esse é o principal motivo pelo qual a ELA quase sempre não é diagnosticada em sua fase inicial. Por outro lado, a Ciência busca tal "marcador" (que funcione como uma "pista" para o médico, dizendo se a pessoa pode ou não vir a desenvolver ELA), pois sabe que o ideal para combater a doença é iniciar o tratamento antes do primeiro neurônio morto.

Quanto tempo, em média, leva para se fazer um diagnóstico correto da doença?
Atualmente, levam-se de 10 a 11 meses, do primeiro sintoma à confirmação do diagnóstico. A falta de conhecimento faz com que o paciente procure primeiro um ortopedista. Para se ter uma idéia, nesse espaço de tempo (de 10 a 11 meses) o paciente passa, em média, por 4 médicos; dois deles, ortopedistas.

Sintomas ELA

Qual é o primeiro sintoma que caracteriza a ELA?
A fraqueza muscular.

O que esse sintoma desencadeia?
Essa fraqueza muscular é progressiva, seguida da deterioração dos músculos (amiotrófica), começando nas extremidades, usualmente em um lado do corpo (lateral). Dentro do corpo, as células nervosas envelhecem (esclerose) e os nervos envolvidos morrem, deixando o paciente cada vez mais limitado.

Existem outros sintomas que acompanham a fraqueza?
Sim. São eles: fasciculação (tremor do músculo), reflexos exaltados, atrofia, espasticidade e diminuição da sensibilidade. E de todos os sintomas, o mais freqüente é a cãibra.

Como a ELA começa a se manifestar?
Geralmente, a ELA começa pelos membros superiores; eventualmente, pelos membros inferiores.

Existe uma forma mais agressiva de ELA?
Sim, quando ocorre a paralisia bulbar progressiva (afeta a língua e a glote). Com isso, o paciente deixa de mastigar e falar, passando a diminuir rapidamente de peso.

Quais são os fatores de risco para alguém desenvolver ELA?
Os fatores de risco, com efeito cumulativo (quanto mais características, maior a probabilidade) são: pertencer ao sexo masculino, desempenhar atividade física intensa, ter sofrido algum tipo de trauma mecânico, ter sido vítima de choque elétrico.

Fonte: Tudo sobre ELA


Fonoaudiologia na ELA

Na ELA, a degeneração progressiva dos neurônios motores superior e inferior acarreta desordens motoras, que levam aos seguintes distúrbios na comunicação e deglutição:

A desordem na articulação da fala é conhecida como DISARTRIA. Na ELA, a articulação apresenta características de paralisia bulbar e pseudobulbar, isto é, uma disartria espasticoflácida, que altera o tônus e a mobilidade dos órgãos fonoarticulatórios (OFAs), levando a debilidade de toda esta musculatura. Sinais como a atrofia muscular e fasciculações mostram-se presentes, devido ao acometimento do neurônio motor inferior. A maioria das características dos desvios da fala relatada na literatura tende a mudar com o agravamento da doença e com a associação dos fatores espásticos (como a incompetência fonatória e ressonatória) com os flácidos (o excesso e insuficiência prosódica, a incompetência articulatória e estenose fonatória). Darley et al (1975) relata em seus achados uma série de desvios da fala, dominantes na ELA: consoantes imprecisas, hipernasalidade, qualidade de voz áspera, velocidade lenta, monotonia, frases curtas, vogais distorcidas e fraco tom de voz.

É interessante observar que o prolongamento dos intervalos, dos fonemas e silêncios inapropriados são características na fala do portador de ELA, que marcam o início do acometimento respiratório da doença. 

Quando o paciente começa a apresentar características de DISFONIA, ou seja, o conjunto de alterações na conduta vocal, é sinal de que a fole de ar utilizada para a fonação já não satisfaz às necessidades vocais do sujeito. A progressão dos distúrbios vocais é diretamente proporcional às condições respiratórias. No agravamento dos sintomas, ocorre a AFONIA, que geralmente antecede a colação da cânula de traqueostomia, e o uso do suporte ventilatorio artificial.

O prejuízo para a musculatura bulbar inevitavelmente produz problemas na deglutição, ocorrendo aspiração na ingesta alimentar e até mesmo dificuldade no controle da saliva, acarretando a DISFAGIA. Em estudo realizado por Dworkin e Hartman (1979), foi observado que a força de língua de pacientes portadores de ELA é de 25% em relação àquela encontrada em homens normais, e que a velocidade do movimento alternado de língua era quase um terço da velocidade geralmente encontrada em adultos normais. Pesquisas mais recentes constataram que os músculos da língua estão mais severamente afetados na ELA do que os músculos faciais e da mastigação. Desta forma, a força propulsora de língua na ejeção do bolo alimentar, no ato da deglutição, mostra-se severamente prejudicada, ocasionando prejuízos severos da fase oral da deglutição. Os mecanismos de defesa de via aérea durante a alimentação encontram-se severamente prejudicados pela própria dificuldade respiratória do paciente portador de ELA. 

Sabidos os tipos de acometimentos na articulação, voz e deglutição, assim como sua progressão, cabe ao fonoaudiólogo uma intervenção baseada na qualidade de vida do paciente e na manutenção destes aspectos, proporcionando-lhe maior capacitação e adequação das funções. O tipo de intervenção vai variar de acordo com a progressão da doença. 

A manutenção da musculatura de OFAs através de estimulação específica é necessária para o melhor desempenho desta musculatura nas funções de fala e deglutição. As complicações clínicas e a progressão dos sintomas motores podem ser fundamentais na continuidade da realização destas funções. 

A manutenção da comunicação é de fundamental importância no trabalho do fonoaudiólogo, que sempre precisará estar atento a formas alternativas, quando estas se tornarem necessárias, na severidade dos distúrbios da articulação da fala e voz. Softwares personalizados adequando as condições motoras do paciente a suas necessidades de linguagem poderão ser desenvolvidos pelo fonoaudiólogo em parceria com o terapeuta ocupacional, a fim de proporcionar condições eficazes de comunicação. 

É importante salientar que as condições cognitivas do portador de ELA não são afetadas pela doença de base.

A deglutição poderá se fazer adaptada à medida que as manifestações orofaríngeas forem se tornando mais importantes. Quanto mais precoce a intervenção, maior será o tempo de condições de alimentação por via oral com segurança. O prazer oral, através de técnicas especificas, e a manutenção da deglutição da saliva se fazem necessários num período mais severo da doença. 

O mais importante no trabalho do reabilitador é proporcionar ao sujeito sua integridade como tal, sabendo que a qualidade de vida é condição básica na existência do ser humano. 

É importante que os pacientes com ELA sejam tratados com equipe multiprofissional.

Diagnóstico precoce, informação do diagnóstico com honestidade e sensibilidade, envolvimento do paciente e sua família, e um plano de atenção terapêutica positivo são pré-requisitos essenciais para um melhor resultado clínico e fim terapêutico. Tratamento multidisciplinar e cuidados paliativos podem prolongar a sobrevida e manter melhores aspectos de qualidade de vida.


                               Apoio da equipe multiprofissional no atendimento da ELA.

Comunicação Alternativa e Suplementar

A comunicação humana é uma troca de sentimentos e necessidades entre duas ou mais pessoas. “Quando uma mensagem deve ser transmitida, tipicamente as pessoas utilizam a linguagem, que, quer falada, escrita, ou por sinais, envolve um sistema que transmite um significado” (BOONE; PLANTE, 1994, pg. 83).

Comunicação suplementar e/ou alternativa refere-se a todas as formas de comunicação que possam complementar, suplementar e/ou substituir a fala. Dirige-se a cobrir as necessidades de recepção, compreensão e expressão da linguagem e, assim, aumentar a interação comunicativa dos indivíduos não-falantes (VON TETZCHNER; JENSEN, 1996).

De acordo com Thiers (1995); von Tetzchner (1997) e von Tetzchner e Martinsen (2000) a comunicação alternativa tem como objetivo promover a fala e garantir uma forma alternativa de comunicação.

Nunes (2001), complementa afirmando que comunicação alternativa envolve o uso de gestos, expressões faciais, símbolos gráficos (incluindo a escrita, desenhos, gravuras e fotografias) como forma de efetuar a comunicação de pessoas incapazes de se utilizarem à linguagem verbal.

A Psicóloga Lucília Augusta Reboredo, traduz seus sentimentos, expressa suas emoções.. Através dos olhos.. 


Escrever com os olhos para reinventar a vida



“Meu intelecto e meus afetos não reconhecem mais o corpo que antes os concretizavam na relação entre o pensar e o fazer. Filosoficamente, é como se eu estivesse vivendo a separação do espírito e da matéria. O reencontro dá-se no riso e no choro, quem sabe por meu corpo ainda ter autonomia para viabilizar tais emoções. São três anos de angústia, desespero e tristeza indescritíveis. Entretanto, sempre acreditei que o ser humano possui possibilidades de reinventar a vida em quaisquer circunstâncias. E essa crença me faz sentir que apenas ‘quebrei as asas’ e terei de aprender a alçar outros e novos vôos”. Assim, de forma abrupta e sublime, o leitor é convidado a percorrer o curso e percurso do adoecimento, pela esclerose lateral amiotrófica (ELA), da profa. Lucília Augusta Reboredo.

O livro “A Dança dos Beija-flores no Camarão Amarelo” (Jacintha Editores), a ser lançado em setembro, foi soletrado com os olhos: cada frase viu-se construída num lúcido exercício psíquico e ditada, letra a letra, pelo movimento ocular entre uma tabela alfanumérica e a pessoa que estava ao lado para grafar a sinalização dada pelo olhar. O relato da autora teve início em 2006 e corresponde ao período em que sofreu perdas motoras irreversíveis, até a imobilidade total – com exceção do movimento dos olhos. Como destaca Mariá Aparecida Pelissari, que assina a introdução: “É soletrando com os olhos que Lucília constrói sentidos. Essa base para sua expressão é uma espécie de escritura de si, pois que, ao narrar seu percurso recente, Lucília se reinventa e possibilita sua nova inscrição no mundo. Assim, este livro confere o suporte ideal para ela ocupar um lugar na escrita de si, ao autorizar-se a publicar e esperar algum efeito no outro e em si própria. Por suas páginas, os olhos de Lucília falam, sorriem, ensinam abraçam”.

Aqueles que tiveram o privilégio de conviver com a profa. Lucília no ambiente acadêmico guardam na memória a imagem fotográfica que o leitor encontrará no livro. Doutora em psicologia social, sua atuação política foi marcada pelo compromisso com o resgate da cidadania através de novos laços de convivência social. Participou de movimentos decisivos na luta por dignidade e justiça. Como guerreira amazona enfrentou o adoecimento de um câncer e, quando brindava a vitória sobre ele, recebeu a trágica notícia d’ELA, doença neurológica paralisadora dos comandos motores. Foi perdendo os movimentos das pernas, dos braços, das mãos, da deglutição, da respiração – o único mantido é o dos olhos. Mas seu corpo preserva todas as sensações, que só restam ser comunicadas e expressas justamente pelos olhos.

Nesse percurso, a profa. Lucília tem sido capaz de superar a si mesma: “creio que levei minha existência inteira ultrapassando meus próprios limites. Não foi por acaso que, vindo de uma família pobre de imigrantes portugueses, nascida em uma aldeia na região de Trás-os-Montes, cheguei a me formar doutora em psicologia e ser professora universitária. E por isso, também, eu tinha tanta resistência em aceitar minhas limitações físicas”. Mas logo percebeu que a ELA não paralisava sua criatividade. E, como sempre fez, reinventou possibilidades comunicativas: “Pintar telhas dava-me enorme prazer, pois com elas eu expressava minha subjetividade na relação com as pessoas que eram ou me estavam sendo significativas. Além disso, simbolicamente eu pensei ser assim uma forma de protegê-las, já que a telha é um elemento de abrigo”.

Com a progressão da ELA, a cada nova restrição, uma nova alternativa de expressão. Quando já não conseguia se alimentar sozinha, escovar os dentes, pentear os cabelos, enxugar o corpo, segurar um livro, abraçar pessoas… Lucília começou a pintar mandalas coloridas, cada qual com um título, um nome, um traço significante que envolve o expectador/leitor numa rede de significação. Suavemente Lucília afirma haver vida para além d’ELA. Seu desejo convidativo (“espero sinceramente que goste do que vai encontrar aqui”) só pode ser acolhido, tal a generosidade com que nos convoca a fazer da vida, assim como ela própria o faz, uma obra de arte. Artigo Publicado no Jornal de Piracicaba (07/08/2010).


                          Com o auxílio da enfermagem Lucília utiliza a tabela para "escrever"

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Quem é o Fonoaudiólogo?

O fonoaudiólogo é um profissional de Saúde e Educação, com graduação plena em Fonoaudiologia, que atua de forma autônoma e independente nos setores público e privado. É responsável pela promoção da saúde, prevenção, avaliação e diagnóstico, orientação, terapia (habilitação e reabilitação) e aperfeiçoamento dos aspectos fonoaudiológicos da função auditiva periférica e central, da função vestibular, da linguagem oral e escrita, da voz, da fluência, da articulação da fala e dos sistemas miofuncional, orofacial, cervical e de deglutição. Exerce também atividades de ensino, pesquisa e administrativas.

Fonte: Conselho Regional de Fonoaudiologia - 2ª. Região São Paulo